Introdução

Há muito o que ser aprendido. Há muito o que podemos extrair do que vemos, tocamos, ouvimos, e acima de tudo, sentimos. Nossa sabedoria vem dos retalhos que vamos colhendo ao longo de nossa evolução, que os leva a formar a colcha que somos. Esse espaço é para que eu possa compartilhar das luzes que formam o que Eu tenho sido!!!

sábado, 5 de novembro de 2016

ESTIVE PENSANDO: QUANDO PINTA A MEDIUNIDADE (...)

Para uns aparece logo na infância, é amortizada na adolescência e quando atinge-se a idade adulta floresce com força e impacto sobre a existência, cobrando espaço pré-determinado.  
Para outros é um incômodo que persiste ao longo da vida, é entendida até como uma doença ou transtorno, mas depois se firma como sentido natural e normal.
Há ainda casos onde seu entendimento é pontual, sua utilidade devidamente assentada, mas por força de outras prioridades é deixada de lado e reclama em um futuro sua utilização sob pena de transtornos pessoais que inclusive alteram a caminhada. 
Há casos ainda onde seu entendimento e utilização passam por definições dogmáticas causando dificuldades no manuseio da mesma, isso quando suas ações não são confundidas com "o outro lado da força". 
Não há regras nas questões relativas à mediunidade no que concerne sua percepção por cada um de nós. Assim como somos individuais e temos percepções próprias sobre assuntos comuns, estabelece-se o mesmo com essa faculdade tão importante para nosso intercâmbio com o plano espiritual. 
Ao longo de nossa trajetória evolutiva deixamos muitas vezes de tratar o assunto com a tranquilidade que o mesmo merece, e fizemos crer que havia algo de especial no processo ostensivo ou não que alguns promoviam. 
Mediunidade é simplesmente um sentido que se devidamente desenvolvido e utilizado no sentido do bem comum e acima de tudo com bom senso trará benefícios para os que a possuem e os que o rodeiam.
A Doutrina Espírita, através da codificação de Allan Kardec, no Livro dos Médiuns nos apresenta uma perspectiva concernente ao assunto, abrangendo de maneira didática e de fácil assimilação os ensinamentos necessários para o entendimento da matéria. 
Acima de tudo aqueles que tem "sofrido" com isso, precisam refletir que Deus, Pai de Eterna Bondade e Misericórdia, Amor Absoluto, não nos legaria algo de ruim e que nos comprometeria a caminhada. A mediunidade é uma ferramenta natural, tal qual tantas outras a nós disponibilizadas com o intuito de nos auxiliar durante o exercício de nossa estada na Terra. 

De Emerson Santos enquanto refletia sobre as atividades desenvolvidas na noite anterior durante o atendimento fraterno após as sessões de desobsessão do Centro Espírita Casimiro Cunha. 

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

ENFERMIDADES


Do livro "O Consolador" (Emmanuel através de Francisco Cândido Xavier)

Q. 97 - Se as enfermidades são de origem espiritual, é justa a aplicação dos medicamentos humanos, a cirurgia, etc, etc?

- O homem deve mobilizar todos os recursos ao seu alcance, em favor do seu equilíbrio orgânico. Por muito tempo ainda, a Humanidade não poderá prescindir da contribuição do clínico, do cirurgião e do farmacêutico, missionários do bem coletivo. O homem tratará da saúde do corpo, até que aprenda a preservá-lo e defendê-lo, conservando a preciosa saúde de sua alma. 
Acima de tudo, temos de reconhecer que os serviços de defesa das energias orgânicas, nos processos humanos, como atualmente se verificam, asseguram a estabilidade de uma grande oficina de esforços santificadores no mundo. 
Quando, porém, o homem espiritual dominar o homem físico, os elementos medicamentosos da Terra estarão transformados na excelência dos recursos psíquicos e essa grande oficina achar-se-á elevada a santuário de forças e possibilidades espirituais junto das almas. 

ESPIRITISMO E NÓS



"Se me amardes, guardareis os meus mandamentos.” Jesus (João, 14:15)
 
“Espiritismo vem realizar, na época prevista, as promessas do Cristo. Entretanto, não o pode fazer sem destruir os abusos.” (Evangelho segundo o Espiritismo - Cap. 23, Item 17)

Todas as religiões garantem retiros e internatos, organizações e hierarquias para a formação de orientadores condicionados, que lhes exponham as instruções, segundo o controle que lhes parece conveniente. A Doutrina Espírita, revivendo o Cristianismo puro, é a religião do esclarecimento livre. Mas se nós, os espíritas encarnados e desencarnados, situamos nossas pequeninas pessoas, acima dos grandes princípios que a expressam, estaremos muito distantes dela, confundidos nos delírios do personalismo deprimente, em nome da liberdade.


Todas as religiões amontoam riquezas terrestres, através de templos suntuosos, declarando que assim procedem para render homenagem condigna à Divina Bondade. A Doutrina Espírita, revivendo o Cristianismo puro, é a religião do desprendimento. Entretanto, se nós, os espíritas encarnados e desencarnados, encarcerarmos a própria mente nas hipnoses de adoração a pessoas ou na ilusão de posses materiais passageiras, tombaremos em amargos processos de obsessão mútua, descendo à condição de vampiros intelectualizados uns dos outros,gravitando em torno de interesses sombrios e perdendo a visão dos Planos Superiores.

Todas as religiões cultivam rigoroso sentido de seita, mantendo a segregação dos profitentes. A Doutrina Espírita, revivendo o Cristianismo puro, é a religião da solidariedade. Contudo, se nós, os espíritas encarnados e desencarnados abraçarmos aventuras e distorções, em torno do ensino espírita, ainda mesmo quando inocentes e piedosas, na conta de fraternidade, levantaremos novas Inquisições do fanatismo e da violência contra nós mesmos.
 
Todas as religiões sustentam claustros ou discriminações, a pretexto de se resguardarem contra o vício. A Doutrina Espírita, revivendo o Cristianismo puro, é a religião do pensamento reto. Todavia, se nós, os espíritas encarnados e desencarnados, convocados a servir no mundo desertarmos do concurso aos semelhantes, a título de suposta humildade ou por temor de preconceitos, acabaremos inúteis, nos círculos fechados da virtude de superfície.

Todas as religiões, de um modo ou de outro alimentam representantes e ministérios remunerados. A Doutrina Espírita, revivendo o Cristianismo puro, é a religião da assistência gratuita. No entanto, se nós, os espíritas encarnados e desencarnados, fugirmos de agir, viver e aprender à custa do esforço próprio, incentivando tarefeiros pagos e cooperações financiadas, cairemos, sem perceber, nas sombras do profissionalismo religioso.

Todas as religiões são credoras de profundo respeito e de imensa gratidão pelos serviços que prestam à Humanidade. Nós, porém, os espíritas encarnados e desencarnados, não podemos esquecer que somos chamados a reviver o Cristianismo puro, a fim de que as leis do Bem Eterno funcionem na responsabilidade de cada consciência.

Exortou-­nos o Cristo: “Amai-­vos uns aos outros como eu vos amei.” E prometeu: "Conhecereis a verdade e a verdade vos fará livres.”
 
Proclamou Kardec: “Fora da caridade não há salvação.” E esclareceu: “Fé verdadeira é aquela que pode encarar a razão face a face.”

Isso quer dizer que sem amor não haverá luz no caminho e que sem caridade não existirá tranquilidade para ninguém, mas estes mesmos enunciados significam igualmente que sem justiça e sem lógica, os nossos melhores sentimentos podem transfigurar-­se em meros caprichos do coração.



Emmanuel (Espírito) através de Francisco Cândido Xavier,  na obra "Livro da Esperança" e na Revista Reformador de outubro de 1962.
 





quarta-feira, 2 de novembro de 2016

INTRIGAS E ACUSAÇÕES

Quanto possível, abstém-te de assuntos infelizes.

Muitas vezes, quem te fala contra os outros pode trazer a imaginação doente ou superexcitada.

Quando alguém, porventura, se te faça veículo de alguma intriga, tanto é digna de compaixão a pessoa que te trouxe essa bomba verbal, quanto a outra que a teria criado.

Uma frase imperfeitamente ouvida será sempre uma frase mal interpretada.

A criatura que se precipita em julgamentos errôneos, a teu respeito, talvez seja vítima de lastimável engano.

Muitas pessoas de hábitos cristalizados em comentários descaridosos, em torno da vida alheia, estão a caminho de tratamentos médicos, dos mais graves. 

Se trazes a consciência tranquila, as opiniões negativas efetivamente não te alcançam.

Diante de críticas recebidas, observa até que ponto são verídicas e aceitáveis, para que venhamos a retificar em nós aquilo que nos desagrada nos outros.

Conhecendo algum desequilíbrio em andamento, auxilia em silêncio naquilo em que possas cooperar sem alarde, sem referir a ninguém, quanto ao esforço de reajuste que seja capaz de desenvolver.

Compadece-te dos acusadores e ora, em favor deles, rogando a Deus para que sejam favorecidos com a benção de paz que desejamos para nós. 

Emmanuel (espírito) através de Francisco Cândido Xavier, 
no livro "Calma".  


terça-feira, 1 de novembro de 2016

PENSAMENTOS

A ação do pensamento sobre a saúde é incontestável.
Vejamos alguns exemplos:
- a ansiedade estimula a secreção de adrenalina, que sobrecarrega o sistema nervoso e o descontrola;
- o pessimismo perturba o aparelho digestivo e produz distúrbios gerais;
- o medo, a revolta, são agentes de ulceras gástricas duodenais de curso largo.
Da mesma forma, a tranquilidade, o otimismo, a coragem, são estimulantes que trabalham pela harmonia emocional e orgânica, produzindo salutares efeitos na vida. 
O homem se torna o que pensa, portanto, o que quer. 
Os pensamentos emitidos atraem ou sintonizam outros semelhantes, nas mesmas faixas de ondas mentais por onde transitam as aspirações e os estados psíquicos de toda a Humanidade. 
Acostuma-te a pensar de forma edificante.
Assume uma postura vitoriosa.
Atrai pensamentos salutares.
O cérebro é antena que emite vibrações e as capta incessantemente.
Irradia ideias do bem, do progresso, da paz, e captarás por sintonia, equivalentes estímulos para o teu bem.
Quem pensa em derrota, já perdeu uma parte da luta por empreender.
Quem cultiva o insucesso, dificilmente enfrentará os desafios para a vitória. 
A cada momento adicionas experiências novas às tuas conquistas.
A todo instante pensa corretamente e somarás força psíquica para o êxito da tua reencarnação.

Joanna de Ângelis (espírito).

FAZEI PREPARATIVOS

"Então ele vos mostrará um grande cenáculo mobiliado; aí fazei preparativos". - Jesus (Lucas 22, 12)

Aquele cenáculo mobilado, a que se referiu Jesus, é perfeito símbolo do aposento interno da alma.

À face da natureza que oferece lições valiosas em todos os planos de atividade, observemos que o homem aguarda cada dia, renovando sempre as disposições do lar. Aqui, varrem-se detritos; acolá, ornamentam-se paredes. Os móveis, quase sempre os mesmos, passam por processos de limpeza diária.

O homem consciencioso reconhecerá que a maioria das ações, na experiência física, encerra-se em preparação incessante para a vida com que será defrontado, além da morte do corpo.

Se isto ocorre com a feição material da vida terrena, que não dizer do esforço propriamente espiritual para o caminho eterno?

Certamente, numerosas criaturas atravessarão o dia à maneira do irracional, em movimentos quase mecânicos. Erguem-se do leito, alimentam o corpo perecível, absorvem a atenção com bagatelas e dormem de novo, cada noite.

O aprendiz sincero, todavia, sabe que atingiu o cenáculo simbólico do coração. Embora não possa mudar de idéias diariamente, qual acontece aos móveis da residência, dá-lhes novo brilho a cada instante, sublimando os impulsos, renovando concepções, elevando desejos e melhorando sempre as qualidades estimáveis que já possui.

O homem simplesmente terrestre mantém-se na expectativa da morte orgânica; o homem espiritual espera o Mestre Divino, para consolidar a redenção própria.

Não abandoneis, portanto, o cenáculo da fé e, aí dentro, fazei preparativos em constante ascensão.

Emmanuel (Espírito) através de Francisco Cândido Xavier, 
no livro "Pão Nosso".


Para fazer o download da apresentação em powerpoint
utilizada no estudo. Clique AQUI.

DIANTE DA ANGÚSTIA

A ausência de objetivos existenciais conduz o indivíduo à conceituação do nada como um mecanismo de fuga da realidade.

Kierkegaard, o eminente teólogo e filósofo dinamarquês, estabeleceu que a ausência de sentido da vida conduz à angústia, procedendo do nada e vivenciando realidades para o futuro .

Essa ambigüidade entre o nada e o ser leva a uma irracionalidade da sua existência metafísica e a expressão absurda da vida.

Essa conceituação abriu espaço para formulações variadas na área da filosofia, facultando aos existencialistas, através do pensamento de Sartre, que a considerava como sendo uma expressão de liberdade, conseqüência da falta de objetivos essenciais. Igualmente os sensualistas têm-na como ausência de metas, o absurdo, produzindo resultados de aniquilamento da vida, como pensava Camus e todo um grupo de apologistas do prazer.

Sob o ponto de vista psicológico, a angústia resulta de vários fatores ancestrais, que podem possuir uma carga genética, que imprimiu no comportamento a patologia perturbadora.

Outros impositivos psicossociais como perinatais influenciam a conduta angustiante, levando à depressão profunda, que pode resultar em suicídio.

A fixação de pensamentos negativos em que o homem se compraz termina por gerar conflitos graves quando se negam auto-estima e o direito à felicidade, vivência a autoconsideração, tombando na revolta surda e silenciosa, que cultiva nos dédalos da personalidade conflitiva.

Entretanto, as raízes fortes da angústia encontram-se emaranhadas no passado de culpa do Espírito, que reconhece o erro e teme ser descoberto.

Envolve-se , sem dar-se conta, num manto sombrio de desconforto moral e sem ter consciência da sua realidade, compreende-a, mas não sabendo digeri-la, transforma-a em mortificação, em cilício, que o amargura.

Faltando valores morais para um enfrentamento lúcido com a realidade em que limita os movimentos, transfere o sentido de responsabilidade para o próximo, para a sociedade e descarrega a sua mágoa, rebelando-se, anulando-se.

A angústia é estado mórbido que deve ser combatido na sua causalidade.

A reflexão em torno dos valores que são desconsiderados, a introspeção sobre a oportunidade de despertamento para ser útil, o sentimento de fraternidade que deve ser despertado, contribuem positivamente para o tratamento libertador...

A ajuda especializada de terapeuta responsável enseja o desalgemar do Espírito desse amargo estado aflitivo, acenando possibilidades felizes que se transformam em bem –estar e saúde.

Não raro, o portador de angústia cultiva o masoquismo, que resulta de uma consulta egoísta, graças, ao que, mediante mecanismo psicológico especial, foge da realidade por necessidade de valorização pessoal.

Em face da ausência de recursos positivos e superiores, recorre ao atavismo dos instintos primários e descamba na torpe angústia.

Diante dela, somente uma resolução firme e legítima para facultar abertura terapêutica para o desafio.

Não havendo interesse do paciente, é certo que mais difícil se torna a liberação da psicopatologia tormentosa.

Considera a bênção da oportunidade que desfrutas e espanca as sombras da tristeza que, periodicamente, te assaltam.

Evita acumular amarguras defluentes da queixa, da sensação de infelicidade, e trabalha-te, a fim de que teu amanhã se apresente menos tenebroso.

Hoje colhes, enquanto fruis o ensejo de ensementar.

Busca ser útil a alguém, mesmo que, aparentemente, nenhum objeto se te delineie de imediato.

Sempre há oportunidade, quando se deseja crescer e desenvolver valores latentes.

Jesus informou que Ele é vida e vida em abundância. Recorre-lhe à ajuda, e deixa-te curar pela sua assistência de Psicoterapeuta por excelência.

Autor: Joanna de Ângelis (espírito)
Psicografia de Divaldo Franco

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

O PARADOXO DE NOSSO TEMPO


Nós bebemos demais, fumamos demais, gastamos sem critérios, dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e rezamos raramente.

Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores. Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente. Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.

Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.

Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.

Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos.

Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.

Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos.

Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.

Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados.

Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas "mágicas".

Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa.

Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar 'delete'.

Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre. Por isso, valorize o que você tem e as pessoas que estão ao seu lado.

Bob Moorehead

Nota: Tradução livre de um texto do pastor Bob Moorehead, atribuído muitas vezes, de forma errônea, a George Carlin, que em 2001 desmentiu ser o seu autor.