Introdução

Há muito o que ser aprendido. Há muito o que podemos extrair do que vemos, tocamos, ouvimos, e acima de tudo, sentimos. Nossa sabedoria vem dos retalhos que vamos colhendo ao longo de nossa evolução, que os leva a formar a colcha que somos. Esse espaço é para que eu possa compartilhar das luzes que formam o que Eu tenho sido!!!

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

NÃO HÁ NINGUÉM IGUAL A VOCÊ. VOCÊ É ÚNICO!

Não existe vida em plenitude fora das relações interpessoais. Isto é fato. Elas são o fundamento sob o qual o Ser se constrói. 

Precisamos do contato alheio para podermos exercitar aquilo que somos verdadeiramente, ou para, em algumas situações cuidarmos a fim de não nos mostrarmos como somos, aparentando outra personalidade. Transparência ainda é um valor com o qual não lidamos muito bem, por isso necessitamos das máscaras que somente o corpo físico tem material para moldar.

Assim segue o curso da existência e desde que nascemos, somos impelidos a fazermos aquilo que esperam de nós. Esperam que choremos para nos alimentarem, nos limparem, nos pegarem no colo, nos derramarem afetos e cuidados os mais importantes. Esperam nossos sorrisos, nossos gracejos, nossas gracinhas, para nos envolverem em uma ambiência de carinhos que muitas vezes chega a nos sufocar. Nesse instante da existência, a transparência é valor presente nas relações. 

Essa relação é mesmo ótima. Esperam algo de nós e ofertamos exatamente aquilo que esperam. Simples assim, mas o tempo, esse inexorável aliado do Ser, nos impele a transformações até o momento em que nossas relações tomam rumos diferentes e muito mais sufocantes daqueles da primeira infância. 

Vez por outra esperam algo de nós e conseguimos dar o que esperam, maravilha, mas nem sempre é assim... Muitas vezes, na maioria das vezes, não damos o retorno esperado e nos punimos intimamente, violentamente, chegando a negar a vida que nos cerca. Para não demonstrarmos o que acreditamos ser uma falha nossa, uma fraqueza, uma incompetência, a transparência vivenciada nas relações infantis cede lugar ao cinismo, e passamos a nos mostrar não mais como somos, mas como gostariam que fôssemos. Carreamos para nossa intimidade todo o lixo mental que depositaram do lado de fora da nossa vida. 

O medo não é de ficar só, mas de não pertencer a um microcosmo que se julga importante e conveniente, pois escolheu-se as companhias não pela afinidade de valores e de visão de mundo, mas pela possibilidade de recompensa, em um troca-troca afetivo e material que abafa o que se é, e a menor possibilidade do encerramento desse círculo vicioso do toma lá e dá cá, acarreta tormentos mentais difíceis de identificar e tratar. 


Observa-se isso em toda a história da humanidade, mas nossa contemporaneidade escancara essas frustrações geradas pela ausência da transparência para nós. A reflexão, elemento crucial para uma vivência sem atropelos não faz parte de nosso cotidiano mais. Estamos todos on line e muitos de nós ainda não percebeu que estar on line não significa necessariamente estar disponível, pronto. Estar on line não significa estar em conformidade com o que este on line pode providenciar. Estar on line não significa estar em sintonia com outro que também esteja on line. Estar on line não deveria te obrigar a ser fluido, fullgás, raso, um mero repetidor do pensamento alheio. 

E assim, irrefletidamente, vamos sendo envolvidos em uma ambiência de ilusão, que em muitos casos leva a sérios problemas de ordem pessoal, a começar por uma moral seletiva, e de ordem ética, ao buscar-se não os semelhantes, mas os convenientes. Ao apostarmos em uma moral seletiva, que se altera ao teor dos interesses envolvidos, negamos a individualidade que somos, e vivenciamos intimamente a realidade de que não construímos o que queríamos, mas o que queriam para nós. 

Quem entende-se único, importante, componente ativo do cosmos, não necessita de mensagem externa. Entende-se único, pois sabe que estar on line ou off line, não depende do aparelho celular, do computador, da televisão, ou do que quer que seja, depende do estado d'alma em que se encontra, buscando a verdade interior que lhe sustenta, e que encontrará semelhanças em uns e dessemelhanças em outros.

Entender-se único é saber-se importante não pelo que faz, nem onde se faz, nem mesmo porque se faz, quanto mais pelo como se faz; entender-se único é ter a certeza que o que se faz, onde se faz, porque se faz e como se faz é o efeito daquilo que se é e não existiria se não fosse feito por ele, não pensando com orgulho pelo que se fez, mas humildemente porque entende que era o que tinha condição, única, de fazer o que fez. Entender-se único é conviver com a paradoxalidade da existência que convida a ser parte de um todo sem se deixar contaminar por este todo. Entender-se único não é achar-se especial, é saber que todos são únicos também, e que a soma das unicidades forma o pensamento universal. 

Seja único, e arque com as consequências em sê-lo. Você descobrirá que antes de ser diferente, você não é igual a ninguém e quem vive buscando ser o que querem que ele ou ela sejam, justamente, para não serem diferentes, não tem tempo e nem espaço para ser o que realmente é: um Ser divino, pleno, com potencial para ser, exatamente, ÚNICO!!!.

Luz & Paz a todos!!!   



  

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