Introdução

Há muito o que ser aprendido. Há muito o que podemos extrair do que vemos, tocamos, ouvimos, e acima de tudo, sentimos. Nossa sabedoria vem dos retalhos que vamos colhendo ao longo de nossa evolução, que os leva a formar a colcha que somos. Esse espaço é para que eu possa compartilhar das luzes que formam o que Eu tenho sido!!!

terça-feira, 1 de março de 2016

O PERDÃO


SOCIEDADE ESPÍRITA DE PARIS
MÉDIUM: SR. A. DIDIER

Como se pode achar em si a força para perdoar? A sublimidade do perdão é a morte do Cristo no Gólgota. Ora, eu já vos disse que o Cristo tinha resumido em sua vida todas as angústias e lutas humanas. Todos os que mereciam o nome de cristãos diante de Jesus Cristo morreram com o perdão nos lábios. Os defensores das liberdades oprimidas, os mártires das verdades e das grandes causas de tal modo compreenderam a elevação e a sublimidade de sua vida que não faliram no último instante e perdoaram. Se o perdão de Augusto não é inteiramente sublime historicamente, o Augusto de Corneille, o grande trágico, é senhor de si como do Universo, porque perdoa. Ah! Como são mesquinhos e miseráveis os que possuíam o mundo e não perdoavam! Como é grande aquele que continha, no futuro dos séculos, todas as humanidades espirituais e que perdoou! O perdão é uma inspiração e, por vezes, um conselho dos Espíritos. Infelizes os que fecham o coração a essa voz. Eles serão punidos, como diz a Escritura, porque tinham ouvidos e não escutaram. Então! Se quereis perdoar; se vos sentis fracos diante de vós mesmos, contemplai a morte do Cristo. Quem conhece a si próprio triunfa facilmente de si mesmo. Eis por que o grande príncipe da sabedoria antiga sabia, antes de tudo, conhecer-se a si próprio. Antes de se lançar à luta ensinava-se aos atletas para os jogos, para as lutas grandiosas, os meios seguros de vencer. Ao lado disso, nos liceus, Sócrates ensinava que havia um Ser Supremo e, algum tempo depois, séculos antes do Cristo, ensinava toda a nação grega a morrer e a perdoar.

O homem vicioso, mesquinho e fraco, não perdoa. O homem habituado às lutas pessoais, às reflexões justas e sãs, perdoa facilmente.

LAMENNAIS

Revista Espírita - 1862 - Dissertações Espíritas

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