Introdução

Há muito o que ser aprendido. Há muito o que podemos extrair do que vemos, tocamos, ouvimos, e acima de tudo, sentimos. Nossa sabedoria vem dos retalhos que vamos colhendo ao longo de nossa evolução, que os leva a formar a colcha que somos. Esse espaço é para que eu possa compartilhar das luzes que formam o que Eu tenho sido!!!

segunda-feira, 14 de março de 2016

O ELO ENTRE CRENÇA EM DEUS E HONESTIDADE


Editorial da edição de março de 2016 FOLHA ESPÍRITA.

Uma pesquisa publicada na prestigiosa revista científica Nature, com matéria divulgada na Folha de S. Paulo em 11 de fevereiro, concluiu que acreditar em deuses que punem malfeitores faz com que as pessoas fiquem um pouco mais honestas e dispostas a compartilhar bens com estranhos – ao menos se tais estranhos pertencerem à mesma religião que elas. É isso o que constatou uma equipe internacional de pesquisadores, após realizar experimentos com 591 membros de comunidades tradicionais mundo afora, inclusive da Ilha de Marajó, no Brasil.

Para alguns psicólogos e antropólogos, segundo o estudo, a fé religiosa poderia levar a piores escolhas morais, dando combustível à intolerância e à agressividade. Outros especialistas, no entanto, propõem que, em certas circunstâncias, a crença ajudaria a criar sociedades mais cooperativas e a “domar” a violência. É a esse segundo grupo que pertencem os autores do novo estudo, liderados por Benjamin Purzycki, da Universidade da Colúmbia Britânica (Canadá). Eles trabalham com o conceito de “Deuses Grandes”: divindades que conhecem as ações humanas e que atuam de forma “moralizante”, punindo os maus e recompensando os bons.

“Em cada local, estimamos tanto a adoração a um ‘Deus Grande’ quanto o culto de divindades, espíritos, etc., que fossem localmente importantes e, ao mesmo tempo, considerados menos moralistas, punitivos e oniscientes do que o Deus Supremo”, explicou Purzycki.

Diante dos dias em que vivemos hoje, em que há o questionamento acerca das condutas éticas de tantos homens que se deixam levar pelas facilidades de aquisições terrenas, entendemos ser interessante que se avalie o impacto da Espiritualidade na vida humana, e a necessidade preeminente de espiritualização que se detecta em toda a sociedade. Naturalmente, não estamos aqui nos limitando aos que se dedicam à busca dos conhecimentos da Doutrina Espírita, mas uma carência do ser em transcender na direção do Criador.

Vale também dizer que o simples rótulo dessa ou daquela prática religiosa, indiscutivelmente, não se traduz no desenvolvimento moral e consequentemente na honestidade de seus seguidores. Deve-se observar que a conquista de tal virtude não está vinculada à crença, mas muito provavelmente ao desenvolvimento do senso moral. Conclui-se que a orientação religiosa é um balizador para que esse senso se desenvolva, porém, não é e jamais será garantia do aprimoramento moral do homem.

Como exemplificou nosso articulista Richard Simonetti, não basta cumprir as leis dos homens. “É preciso ser honesto perante Deus, como explica o Espírito Joseph Bré, dirigindo-se à sua neta, em O Céu e o Inferno, de Allan Kardec: Honesto aos olhos de Deus será aquele que, possuído de abnegação e amor, consagre a existência ao bem, ao progresso dos seus semelhantes; aquele que, animado de um zelo sem limites, for ativo na vida; ativo no cumprimento dos deveres materiais, ensinando e exemplificando aos outros o amor ao trabalho; ativo nas boas ações, sem esquecer a condição de servo ao qual o Senhor pedirá contas, um dia, do emprego do seu tempo; ativo finalmente na prática do amor a Deus e ao próximo.”

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