Introdução

Há muito o que ser aprendido. Há muito o que podemos extrair do que vemos, tocamos, ouvimos, e acima de tudo, sentimos. Nossa sabedoria vem dos retalhos que vamos colhendo ao longo de nossa evolução, que os leva a formar a colcha que somos. Esse espaço é para que eu possa compartilhar das luzes que formam o que Eu tenho sido!!!

quarta-feira, 16 de março de 2016

O ARGUMENTO


O Livro dos Médiuns – Questão 29.

Os meios de convicção variam extremamente segundo os indivíduos; o que persuade alguns, não produz nada nos outros; tal é convencido por certas manifestações materiais, tal outro por comunicações inteligentes, a maioria pelo raciocínio.

Podemos mesmo dizer que, para a maioria dos que não estão preparados para o raciocínio, os fenômenos materiais são de pouco peso; quanto mais esses fenômenos são extraordinários, e mais se afastam das leis conhecidas, mais encontram oposição, e isso por uma razão muito simples: a de ser naturalmente levado a duvidar de uma coisa que não tem sanção racional; cada um a encara sob seu ponto de vista e se explica à sua maneira: o materialista nela vê uma causa puramente física ou uma fraude; o ignorante e o supersticioso uma causa diabólica ou sobrenatural, ao passo que uma explicação preliminar tem por efeito subtrair as idéias preconcebidas e mostrar, senão a realidade, pelo menos a possibilidade da coisa; compreende-se antes de a ter visto; ora, desde o momento em que a possibilidade está reconhecida, a convicção tem três quartas partes feitas. 

O Argumento 

Ante os amados que te não compreendem, estimarias que todos cressem conforme crês.

Alguns jazem desesperados as trevas do pessimismo.

Outros caem, pouco a pouco, no abismo da negação.

Há muitos que te lançam insultos em rosto, como se a tua convicção fosse passo à loucura.

E surpreendes, em cada canto, aqueles que te falam pelo diapasão da ironia.

Mergulhas-te, muitas vezes, no oceano revolto das palavras veementes que os opositores, de imediato, não podem admitir; em outras ocasiões, desejas acontecimentos inusitados, que lhes alterem o modo de pensar e de ser.

*

Entretanto, recordemos o Cristo.

Ninguém, quanto ele, deixou na retaguarda tantas demonstrações de poder celeste.

Deu nova estrutura à forma dos elementos.

Apaziguou as energias desvairadas da Natureza.

Reaqueceu corpos que a morte imobilizava.

Restituiu a visão aos cegos.

Restaurou paralíticos.

Limpou feridentos.

Curou alienados mentais.

Operou maravilhas, somente atribuíveis à ciência divina.

Contudo, não foi pelos deslumbramentos produzidos que se converteu em mentor excelso da Humanidade.

Jesus agiganta-se, na esteira dos séculos, pela força do exemplo.

Anjo – caminhou entre os homens.

Senhor do mundo – não reteve uma pedra para repousar a cabeça.

Sábio – foi simples.

Grande – alinhou-se entre os pequenos.

Juiz dos juízes – espalhou a misericórdia.

Caluniado – lançou bênçãos.

Traído – não reclamou.

Acusado – humilhou a si mesmo.

Ferido – esqueceu toda ofensa.

Injuriado – silenciou.

Crucificado – pediu perdão para os próprios verdugos.

Abandonado – voltou para auxiliar.

*

Ação é voz que fala à razão.

Se aspiras, assim, a convencer os que te rodeiam, quanto à verdade, não olvides que, acima de todos os fenômenos passageiros e discutíveis, o único argumento edificante de que dispões é o de tua própria conduta, no livro da própria vida.

Por Emmanuel (Espírito) através de Francisco Cândido Xavier, no Livro "Seara dos Médiuns". 

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