Introdução

Há muito o que ser aprendido. Há muito o que podemos extrair do que vemos, tocamos, ouvimos, e acima de tudo, sentimos. Nossa sabedoria vem dos retalhos que vamos colhendo ao longo de nossa evolução, que os leva a formar a colcha que somos. Esse espaço é para que eu possa compartilhar das luzes que formam o que Eu tenho sido!!!

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

RESISTE À TENTAÇÃO

"Bem-aventurado o homem que sofre a tentação. - (Tiago, 1:12)

Enquanto  nosso  barco  espiritual  navega  nas águas  da inferioridade,  não podemos aguardar isenção de ásperos conflitos interiores. Mormente na esfera carnal,  toda  vez  que  empreendemos  a melhoria  da  alma,  utilizando  os trabalhos  e obstáculos  do  mundo,  devemos  esperar  a multiplicação  das dificuldades  que  se  nos deparam,  em  pleno  caminho  do conhecimento iluminativo.

Contra  o  nosso  anseio  de  claridade,  temos milênios  de  sombra. Antepondo-se-nos  à  mais humilde  aspiração  de  crescer  no  bem,  vigoram os séculos em que nos comprazíamos no mal. 

É por isto que, de permeio com as bênçãos do Alto, sobram na senda dos discípulos as tentações de todos os matizes. 

Por  vezes,  o  aprendiz  acredita-se  preparado  a vencer  os  dragões  da animalidade que lhe rondam as portas; todavia, quando menos espera, eis que as sugestões  degradantes  o  espreitam  de  novo, compelindo-o  a  porfiada batalha.

Claro, portanto, que nem mesmo a sepultura nos exonera dos atritos com as trevas, cujas raízes se nos alastram na própria  organização espiritual. Só a morte da imperfeição em nós livrar-nos-á delas.

Haja,  pois,  tolerância  construtiva  em  derredor  da caminhada  humana, porque  as  insinuações malignas  nos  cercarão  em  toda parte, enquanto nos demoramos na realização parcial do bem.

Somente alcançaremos libertação, quando atingirmos plena luz. 

Entendendo  a  transcendência  do  assunto,  o apóstolo  proclama  bem-aventurado  aquele  “que sofre  a  tentação”.  Impossível,  por  agora, qualquer referência  ao  triunfo  absoluto,  porque vivemos ainda  muito  distantes  da condição angélica; entretanto,  bem-aventurados  seremos  se bem sofremos esse  gênero  de  lutas,  controlando os impulsos  do  sentimento  menos aprimorado e aperfeiçoando-o, pouco a pouco, à custa do esforço próprio, a fim de  que  não  nos  entreguemos inermes  às  sugestões  inferiores  que procuram converter-nos em vivos instrumentos do mal. 

Emmanuel [Espírito] através de Francisco Cândido Xavier,
 no livro "Pão Nosso", capítulo 101.

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