Introdução

Há muito o que ser aprendido. Há muito o que podemos extrair do que vemos, tocamos, ouvimos, e acima de tudo, sentimos. Nossa sabedoria vem dos retalhos que vamos colhendo ao longo de nossa evolução, que os leva a formar a colcha que somos. Esse espaço é para que eu possa compartilhar das luzes que formam o que Eu tenho sido!!!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

EVANGELHO


Entre a Manjedoura e o Calvário, guarda-se a lição eterna do Cristo. Na primeira, ergue-se a humildade, clarificando o caminho dos homens; no segundo, erguem-se a esperança e a resignação na Providência Divina.

Nesses dois capítulos, imensos pela sua expressão simbólica, encerra-se todo o monumento de filosofias do Cristianismo.

Vinte séculos decorreram. Os primeiros mártires da fé edificaram as bases da doutrina do Crucificado sobre a face do mundo.

Uma luz poderosa irradiava-se da cruz, iluminando as estradas da evolução em todo o Planeta.

Todos os deuses do politeísmo romano desapareceram dentro do novo conhecimento da verdade. A poesia grega, que ainda era a fonte essencial da inspiração do mundo, teve as suas bases regeneradas pela doce lição da Divina Vítima.

Mas, a ambição de domínio sobrepõe-se ao sacrifício e ao martírio. O imperialismo romano não tardou a se manifestar, travestido nas mitras episcopais e a grande lição do Calvário foi esquecida, no abismo das exterioridades religiosas. 

A má-fé e o embuste rodearam o Evangelho, enegrecendo-lhe as páginas, e a figura luminosa do Cristo foi adaptado por todas as filosofias, por todas as escolas e interesses particulares. 

O Evangelho serviu de instrumento para lutas e morticínios.

Os homens, tocados de egoísmo e ambição, procuraram torcer-lhe os ensinos, como se estes se constituíssem de textos de leis humanas e falíveis. 

Raros corações entenderam o “amai-vos” da lição imorredoura do Sublime Enviado. E o resultado da grande incompreensão é presentemente vivido pela vossa época de supremas angústias.

Será, talvez, ocioso a vós outro nossa insistência no exame da civilização em curso, falha de valores espirituais. Acresce notar, porém, que o nosso esforço deve caracterizar-se pelo trabalho de encaminhar a luz divina ao vosso entendimento. 

O mundo, na atualidade, experimenta transições angustiosas e rudes. Para a culminância da luta deste crepúsculo de civilização, as corridas armamentistas, no Planeta, custa às nações fabulosas fortunas por dia, ignorando-se, na estatística exata, os elementos despendidos na educação do povo e na assistência às massas.

No entanto, os políticos, os falsos sacerdotes e todos os cientistas da Terra, enganam-se em suas ingratas cogitações. A direção do orbe pertence a Jesus, cuja mão divina permanece no leme, apesar da escuridão da noite e não obstante a força destruidora da procela.

Os grandes gênios da Espiritualidade Superior reúnem-se no Infinito, examinando o curso dos destinos humanos, e, enquanto lembra, em vossa assembléia humilde, o vulto luminoso da cruz, prepara-se no ilimitado um novo dia para o conhecimento terrestre.

O Cristianismo marcou uma era diferente e os séculos futuros viverão à claridade de uma outra luz que, em breve, raiará nos horizontes da Terra, para o coração aflito e sofredor da Humanidade.

Emmanuel (Espírito) através de Francisco Cândido Xavier, no livro: Antologia Mediúnica do Natal ou Coletâneas do Além.

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