Introdução

Há muito o que ser aprendido. Há muito o que podemos extrair do que vemos, tocamos, ouvimos, e acima de tudo, sentimos. Nossa sabedoria vem dos retalhos que vamos colhendo ao longo de nossa evolução, que os leva a formar a colcha que somos. Esse espaço é para que eu possa compartilhar das luzes que formam o que Eu tenho sido!!!

sexta-feira, 22 de maio de 2015

NOVA ROMA - A BARBÁRIE NÃO É MAIS UM PROGNÓSTICO

"Metade da humanidade está faminta ou subnutrida, ao passo que 85 das famílias mais ricas do planeta acumulam uma fortuna equivalente às posses somadas da metade mais pobre da humanidade. 85 = 3,5 bilhões - é a equação da barbárie em nossos tempos. O desafio é saber se ainda é possível superá-la, ou ao menos apontar uma saída".

"O desastre ambiental leva ao colapso regiões inteiras, incluindo nos países mais ricos: mesmo nos Estados Unidos, dos estados da Virgínia ao Texas, novos processos tecnológicos liberam gás e petróleo do xisto que penetram e envenenam os lençóis freáticos, expulsam famílias de suas terras, contaminam os pastos e os produtos da agricultura, elevam a níveis epidêmicos as taxas de câncer".

"Em todas as grandes metrópoles, para se proteger contra o 'lixo do mundo', os mais ricos vivem aprisionados em condomínios de luxo, usam carros blindados, frequentam locais exclusivos, sonham com a limpeza asséptica dos hospitais e shopping centers."

"O crescimento das forças produtivas (ciência e tecnologia) permitiria, hoje, eliminar a fome: em média, a agricultura mundial produz quase 3 mil calorias por dia por habitante, mais do que suficiente para manter todo o mundo muito bem alimentado. As técnicas de construção e manejo da natureza permitiriam abrigar os 7 bilhões de seres humanos em habitações cômodas, decentes e ecologicamente sustentáveis. As tecnologias de comunicação já instalaram as bases da 'aldeia global'. Mas o imperativo do lucro, da concentração de renda, da exploração da mais valia impõe a lógica perversa da exclusão". 

"O avanço da técnica e da ciência colocam-se a serviço do aniquilamento do ser, que é, no final das contas, a principal força produtiva, aquela que realmente conta".

"Não há configuração democrática capaz de resistir à fórmula 85 famílias = 3,5 bilhões. O capital destrói e devora todas as estruturas políticas, sociais, culturais e estéticas, e as metaboliza, de modo a reconfigurá-las à imagem e semelhança de seus interesses. O capital financeiro transformou o estado em mera caricatura, incapaz de sustentar até mesmo a miragem de sua suposta função de porta-voz garantidor dos interesses universais de determinada sociedade". 

(Fragmentos de texto do jornalista José Arbex, publicado na Revista Caros Amigos, edição 218, maio de 2015, página 10)

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