Introdução

Há muito o que ser aprendido. Há muito o que podemos extrair do que vemos, tocamos, ouvimos, e acima de tudo, sentimos. Nossa sabedoria vem dos retalhos que vamos colhendo ao longo de nossa evolução, que os leva a formar a colcha que somos. Esse espaço é para que eu possa compartilhar das luzes que formam o que Eu tenho sido!!!

terça-feira, 15 de julho de 2014

COMO CREEM OS CATÓLICOS, ESPÍRITAS, PROTESTANTES E EVANGÉLICOS

     Faz 150 anos que os líderes religiosos cristãos difamam os espíritas, chamando-os de macumbeiros, doentes mentais, charlatões, de pessoas que falam com os “diabos” e outras calúnias. Até a década de 1940, as pessoas encontradas numa casa espírita eram presas. Ainda em 1949, a Igreja os excomungava, e os médiuns de auxílio espiritual à cura de doenças eram processados e condenados. E, na Idade Média, eles morriam nas fogueiras.
   E, hoje, muitos líderes religiosos estão dizendo que o espiritismo não é cristão, porque ele não aceita todos os dogmas do cristianismo. Eles têm medo de perder dízimo! Mas não é crer em dogmas que faz um indivíduo ser cristão. Inclusive, quando os seguidores de Jesus passaram a ser chamados de cristãos (Atos 11: 26), eles ainda não existiam. O primeiro só surgiu no Concílio Ecumênico de Niceia (325).

   O espiritismo não condena os dogmas cristãos e nenhuma outra crença. E ele até crê em alguns, mas com interpretação diferente. Ele acredita em um Deus único, mas sem as complicações que os teólogos criaram para Ele, antropomorfizando-O e transformando-O em três Pessoas, quando uma só já seria demais! Os Testemunhas de Jeová não aceitam também o dogma trinitário. Sobre isso, os próprios teólogos dizem que se trata de um mistério de Deus, quando o mistério é deles mesmos! Assim, o cristão tem que morrer burro, ignorando o que os teólogos imaginaram!   
   No Concílio Ecumênico de Trento (1545 a 1563), a Igreja criou o dogma da Transubstanciação, que diz que a hóstia e o vinho consagrados são o corpo e o sangue reais de Jesus. Mas os protestantes e evangélicos creem na Consubstanciação, em que o pão e o vinho da ceia deles são apenas símbolos do corpo e do sangue de Jesus. Eles não creem também nos dogmas da Assunção de Maria aos céus, em espírito e corpo, nem no da Infalibilidade do Papa. E a Igreja Ortodoxa Oriental (não incluída no título por uma questão de espaço), não aceita o dogma trinitário católico do “Filioque” (e do Filho), do Concílio Ecumênico de Lion (1274), França, o qual declarou que o Espírito Santo (outro dogma) procede do Pai e do Filho. Para a Igreja Ortodoxa, o Espírito Santo só procede do Pai, diminuindo, pois, o poder de Jesus.
      Todos esses discordantes de dogmas são cristãos. Por que, então, só o espiritismo deixaria de ser cristão por discordar também deles?
    E o excelso Mestre ensinou: Meus discípulos são conhecidos por se amarem uns aos outros. (João 13: 34 e 35). 
     Realmente, ser cristão ou discípulo de Jesus não é, pois, crer ou deixar de crer em determinados dogmas polêmicos! Ademais, Ele não criou nenhum deles. Como vimos, eles só começaram a surgir mais tarde.
    E, ao longo dos séculos, os dogmas foram sendo criados em meio a acaloradas e rancorosas discussões entre os teólogos, não bem inspirados, mas excitados, e não sendo sempre vencedores os defensores das doutrinas racionais e verdadeiramente evangélicas, mas os do “partido” da posição comprometida com a defesa dos interesses políticos e materiais dos imperadores e reis europeus e, às vezes, até dos próprios teólogos!

(Coluna recebida por email do Prof. José Luiz Chaves. Original publicada no jornal e portal O Tempo - www.otempo.com.br) 

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